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Um santuário entre marés e lendas
O Monte Saint-Michel, visto na foto de hoje, parece sair de um conto medieval direto da França. Sua história começa no ano de 708, quando o Arcanjo Miguel teria aparecido ao bispo local, pedindo a construção de um santuário na rocha. O chamado celestial impulsionou a realização da icônica abadia, que cresceu ao longo dos séculos, atraindo monges, peregrinos e até invasores. Um dos seus encantos é o espetáculo das marés: na baixa-mar, dá para caminhar até a ilha; na alta-mar, ela fica isolada, acessível apenas por uma ponte.
No Brasil, o Santuário de Nossa Senhora da Penha, no Espírito Santo, tem uma história bem parecida. Segundo a tradição, o local para sua criação foi revelado em sonho pela Virgem Maria a um monge franciscano. Erguido no século XVI, o santuário coroa um rochedo de 154 metros de altura, com vistas únicas da cidade e do mar. Ambos os monumentos compartilham origens místicas e localizações desafiadoras, tornando-se espaços onde a fé se entrelaça com a admiração pela natureza e pela engenhosidade humana. Esses cenários ímpares nos conectam a tradições que atravessam culturas e continentes.